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  • Foto do escritorJORGE ROSA SANTOS

A VINDIMA, 2021


Está prestes a acabar uma das alturas mais importantes do ano para quem se interessa e gosta de vinho – As Vindimas. Depois de vários anos bastante secos, o ano de 2021 veio restabelecer alguma normalidade. Foi o Inverno e a Primavera mais chuvosos dos últimos quatro anos, o que permitiu às videiras recuperarem o vigor depois de anos muito secos e quentes.


Vinhos Família Rosa Santos
VINDIMA 2021

"Corra o ano como correr, o mês de Agosto há-de aquecer"


Diz-se que "corra o ano como correr, o mês de Agosto há-de aquecer", ora nem mais! Depois de um início de Verão tímido, em que o ciclo da videira atrasou sobretudo acima do Tejo, o mês de agosto trouxe finalmente o calor e as uvas pintaram por completo.

 

Entretanto mais a Sul, em consequência das alterações climáticas, da seleção de castas mais precoces e de clones focados na produção de açúcar, as vindimas começaram bem cedo.


Diziam os antigos que "em agosto nem vinho nem mosto", mas já não é assim tão verdade para Regiões como o Alentejo, Algarve e Península de Setúbal. Por aqui, a Vindima arrancou logo no início de agosto, sobretudo no Alentejo, em que grande parte das uvas brancas, já tinha chegado à adega ainda antes do final da primeira quinzena. Mais a Norte a sabedoria popular antecipou uma produção maior que em anos anteriores, pois as trovoadas de agosto, trouxeram abundância de uva e mosto.



Por agora, na maior parte das Adegas, já se lavaram os cestos e faz-se o balanço de mais uma Vindima. Todos os anos são diferentes e este não foi exceção. Os vinhos serão talvez menos concentrados, com álcool médio-baixo, mas em contrapartida os brancos serão muito aromáticos e vibrantes, enquanto que os tintos terão ligeiramente menos cor, mas maior equilíbrio, frescura e fruta.


Enquanto escrevo este artigo, a Norte e sobretudo em regiões de altitude como a Beira Interior e Douro Superior, ainda há uvas para apanhar até ao final da semana. Que tenham por lá um bom resto de vindima!


A vindima é um acontecimento muito enraizado em Portugal e, no final, seja ela boa ou má, celebra-se com exuberância. Começa no Sul no início de agosto e acaba no final de Outubro mais a Norte, são três meses intensos. Nesta altura as semanas tornam-se mais longas e o ritmo é marcado pela entrada de uva na adega e pela velocidade da fermentação dos mostos. Todos os detalhes contam. É um momento de enorme entreajuda, superação e companheirismo, que nos dão força para ultrapassar os contratempos.

O objetivo é sempre o mesmo: fazer grandes vinhos.

Esta está quase a acabar! Por isso como diz o provérbio: Alegrai-vos, tripas, que aí vem vinho.





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